Powerbook 3400c tear down and clean up

This video shows a full disassembly of a Powerbook 3400c, thorough cleaning and test. This Powerbook was bought at eBay for 40 quid, in an operational state. But the PRAM (CMOS) battery needed to be removed to avoid leakage, so I took the opportunity to fully disassemble it and clean it.

The vídeo is fairly long (1h 30min).

FPGA Computers

Existem hoje no mercado vários computadores baseados em FPGAs que emulam com bastante fidelidade computadores e consoles antigos. Para quem não sabe, FPGA (Field Programmable Gate Arrays) são chips que podem ser facilmente programados para realizar quase qualquer tipo de tarefa. Para isso, eles precisam de um conjunto de instruções para lhes dizer o que fazer. O interessante é que o mesmo chip FPGA pode realizar tarefas completamente distintas, bastando que seja instruído para tal. Assim, sabendo como fazer, é possível escrever instruções para que um FPGA assuma 100% das funções de um processador Z80, por exemplo. Não apenas isso, mas havendo espaço, é possível também sintetizar outros chips no FPGA, por exemplo, memória, chips de áudio, etc. Resumindo, se o FPGA for robusto o suficiente, é possivel replicar todos os chips e funções de um computador. Em um único chip.

Este foi o conceito adotado pelo OneChip MSX, criado em 2006. Basicamente, o sistema adota um FPGA para sintetizar todas as funções de um MSX 2+ – incluindo o chip de som SCC.

Em 2015, fascinado pelo conceito, eu comprei o MiST por cerca de 180 libras. Apesar de um computador FPGA não substituir a experiência de se usar o hardware original, no quesito fidelidade, ele chega bem perto. O MiST, assim como o OneChip MSX, usa um FPGA para sintetizar plataformas completas. A diferença aqui é que, enquanto o OneChip MSX é instruído para apenas sintetizar a plataforma MSX, o MiST é capaz de sintetizar muitas outras. Amiga, MSX, Atari, Apple II, Commodore 64, NES e muitas outras são possíveis! Atualmente, existem outros projetos que fazem o mesmo que o MiST e até mais. Uma delas é o MiSTER.

Quer ver o MiST funcionando? Eu fiz um pequeno vídeo em 2015 sobre ele, assim que ele chegou para mim. O vídeo mostra como carregar as plataformas no FPGA e também um pouco do que é possível ser feito. Segue abaixo.

Adicionando uma fonte externa ao MSX Expert Gradiente

O MSX Expert foi o computador que eu mais aproveitei e gostei quando tinha meus 15 anos de idade. O Expert me abriu as portas para o mundo da tecnologia, programação, jogos, aplicativos e utilitários e acesso remoto. Infelizmente, ele queimou e acabou sendo substituído, depois, por um PC.

Anos e anos mais tarde, a saudade bateu. Pensei “Por que não comprar um Expert usado para curtir um pouco as pérolas daquela época?”

Alguns vão dizer que é bobagem comprar uma máquina com mais de 3 décadas de idade, se um emulador pode rodar todos os softwares daquela época com perfeição. Não apenas isso, mas os emuladores podem incorporar qualquer MSX: 1, 2, 2+ e até mesmo o Turbo-R. Emuladores são mesmo muito legais, mas a experiência de ter o hardware original em mãos é indescritível. Assim sendo, optei por comprar um MSX Expert original (sem modificação para 2.0 ou qualquer outra) no Mercado Livre. Demorei para achar um em bom estado, mas consegui um Expert 1.1 funcionando, cosmeticamente decente e com todos os manuais e acessórios originais. Veio também com o cartucho “Ligue-se ao Expert”! Isso foi há uns 4 anos e, pelo que me lembro, paguei cerca de R$ 400 nele. Pelo estado e pelo que veio junto, achei o preço justo.

O primeiro monitor que usei no meu “novo” Expert foi um lendário Commodore 1084s (um monitor de tubo CRT, para quem não conhece). Fiz o cabo RGB seguindo algumas instrruções online e funcionou perfeitamente. Bom, quase perfeitamente… reparei que a imagem ficava trêmula. Bem pouco, mas ficava. Percebi que se eu mudasse o monitor de lugar (colocando ele ao lado da CPU em vez de em cima), a imagem estabilizava um pouco. Mais adiante, comprei um monitor Sony PVM 1453MD, e percebi que o problema com a imagem se repetia. Fiz um teste com o PVM ligando outro MSX na linha 2 RGB dele, e percebi que a imagem do outro MSX também era afetada se o Expert estivesse ligado – mesmo se a conexão RGB dele com o monitor fosse desfeita. Após este teste, não tive mais dúvida: A fonte do Expert estava causando algum tipo de interferência. Eu teria que trocá-la. Minha idéia original era arrumar um traffo compatível e apenas substituir o antigo. Mas percebi que ninguém fazia isso. O pessoal estava trocando a fonte do Expert por uma fonte chaveada de PC (tem um artigo na MSXPro que descreve em detalhes como proceder). Achei que fazendo isso, meus problemas com a imagem seriam resolvidos. Cheguei a comprar uma fonte de PC para desmontá-la e fazer a troca no meu Expert, mas num belo dia, pesquisando pela internet, caí num artigo no blog Retropix que descrevia o processo de adicionar uma fonte externa no Expert. A princípio, não fiquei muito seduzido pela idéia, mas lendo o artigo até o fim, me deparei com o seguinte:

[…] quando havia uma fonte ATX dentro do gabinete, a imagem ficava meio que flutuando, quando ligava o micro. Eu já tinha colocado umas 2 fontes ATX diferentes e o resultado era o mesmo, parecia uma interferência com o video. Agora com a fonte externa isso acabou, a imagem ficou fixa, perfeita nesse sentido. 

Ou seja, provavelmente, se eu adicionasse a fonte chaveada ao meu Expert, o problema com a imagem continuaria… foi uma sorte eu ter me deparado com este artigo! Decidi, entáo, tentar a solução proposta pelo blog Retropix. Finalizei a alteração hoje, e posso escrever – com muito alívio – FUNCIONOU! Imagem 100% estável, finalmente! E a solução em si é mesmo muito mais prática e elegante! Se der problema com a fonte, basta comprar outra e plugar no Expert, sem necessidade de abrí-lo.

Aproveitei que teria que desmontá-lo inteiro para pintar a cobertura. Por sorte eu tinha uma lata spray de primer e uma lata spray de tinta cinza metálica que bate quase que perfeitamente com a cor original do Expert. O resultado final, eu compartilho abaixo.

OBS: Para realizar esta modificação eu segui à risca o tutorial do site MSXPro (pois é necessário modificar a placa analógica do Expert), e as instruções postadas pelo blog Retropix. Eu utilizei exatamente o mesmo componente que ele descreve, adquirido no ebay aqui na Inglaterra, por 12 libras. Obviamente não me responsabilizo por quaisquer problemas!

Antes de começar, achei legal tirar uma foto do velho Expert, antes da empreitada. Ei-lo:

Tudo desmontado já com o traffo removido:

Cabo de força removido – a idéia foi utilizar a mesma abertura para o conector da fonte externa. Mantive as tomadas, fusível e chave seletora de voltagem apenas por razões estéticas. O botão vermelho é um botão reset que instalei em outra ocasião.

Retirada de todos os cabos elétricos internos. Afinal, eles não serão mais necessários.

Preparo do cabo que vai ser conectado à nova micro fonte. Apenas os 6 fios à direita serão utilizados. Todos os outros serão, posteriormente, cortados.

Solda e acabamento dos pinos que serão conectados à placa lógica do Expert:

Montagem do conector:

Remoção dos componentes e alteração da placa analógica:


Montagem da fonte Pico ATX – utilizei uma caixa plástica similar à usada no site Retropix, para evitar o contato da fonte com o chassis do Expert:

Aqui, com a tampa da caixa plástica fechada:

Eis o conector instalado onde antes passava o cabo de força:

Por outro ângulo. Ficou bem harmonizado!

Tudo montado com a nova fonte (ainda sem testar). A caixa plástica foi fixada com cola quente ao chassis do Expert. É possível abri-la sem descolar a caixa, caso seja necessário. Basta desparafusar a tampa. Observe o espaço no lado direito, sem o traffo original e o dissipador de calor.

Esta foi a fonte que comprei. A fonte tem saída de 12v e 10A, mais que suficiente para aguentar o tranco.

Fonte conectada ao Expert:

Hora de cuidar da pintura da cobertura original. Pela foto abaixo, percebe-se o estado dela… várias manchas na pintura causadas pela idade avançada do micrinho.

Preparo da cobertura para a pintura: Várias camadas de primer, uma boa lixada e várias camadas de tinta.

Primer, lixa, primer, lixa.

Resultado final da pintura. A cor é quase igual à original.

Expert fechado, montado e pronto para o teste final:

E, como eu já havia contado antes, funcionou! E, SIM, resolveu o problema da imagem. Está 100% estável! Obrigado Retropix pelas dicas!!!

Em breve publicarei mais posts sobre minhas aventuras no retro-mundo! Até a próxima!